Os estudos realizados pela Ecuagenera que incluem à reprodução in vitro possibilitaram a sobrevivência das espécies que estavam à beira do desaparecimento e a promover a conservação ex situ das orquídeas.
Com o apoio do Projeto Bioamazônia, o Equador está desenvolvendo uma estratégia para a implementação da Rota das Orquídeas. Em abril, vários produtores de orquídeas foram visitados, incluindo a Ecuagenera, o maior produtor de orquídeas do Equador e do mundo. A sede principal está localizada no sul dos Andes, na Província de Azuay, a 40 km da cidade de Cuenca, em Gualeceo, em uma área privilegiada com altitude média de 2.200 metros acima do nível do mar e temperatura de 17oC. Estas condições permitem o cultivo de orquídeas dos diferentes microclimas equatorianos, Costa, Sierra e Leste, e de outras partes do mundo.
A empresa está envolvida na conservação e reprodução de orquídeas, desde 1992, e obteve licenças para exportação de plantas sob a Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora Silvestres (CITES). Desde então, a Ecuagenera tem apreciado o potencial desta espécie e tem implementado com sucesso um programa de conservação de orquídeas.
O programa consiste na reprodução in vitro de orquídeas, incluindo espécies em perigo de extinção, logrando a subsistência de espécies que estavam à beira do desaparecimento, junto com a promoção da conservação ex situ de orquídeas. Epidendrum sodiroi Schltr é uma espécie EW (Extinto na natureza) na categoria UICN, que foi reproduzida no laboratório da Ecuagenera. Também foram reproduzidas espécies CR (Criticamente Ameaçadas) na categoria UICN, incluindo as seguintes: Andinia hirtzii Luer, Benzingia hirtzii Dodson ex Dodson, Encyclia angustiloba Schltr., Lepanthes pretiosa Luer & Hirtz, Lepanthes terpsichore Luer & Hirtz, Macroclinium manabinum (Dodson). “São mais de 500 espécies catalogadas na lista da UICN que foram reproduzidas pela Ecuagenera”, comenta José Portilla, Presidente da Empresa.
Orquídea Andinia hirtzii. Foto: Ecuagenera
Orquídea Lepanthes pretiosa. Foto: Ecuagenera
A principal razão de ser da empresa é a pesquisa, pela qual se tem logrado o desenvolvimento de protocolos de propagação in vitro para mais de 4200 espécies. O sucesso deste programa está sujeito à aplicação eficaz e eficiente de técnicas in vitro para a recuperação, conservação e propagação de orquídeas nativas e de toda parte do mundo.
Neste sentido, a Ecuagenera representa um ator chave no Projeto Bioamazônia e no desenvolvimento e implementação da Rota das Orquídeas. O conhecimento e a vasta experiência desta empresa permitiram o fortalecimento das capacidades e o intercâmbio de boas práticas na reprodução e manuseio de orquídeas com pequenos produtores nas províncias de Napo, Morona Santiago e Zamora Chinchipe, que fazem parte da Rota das Orquídeas. Além disso, os resultados da empresa incentivaram esses produtores a promover o uso responsável da biodiversidade por meio do biocomércio como uma forma eficiente de conservação e aumento da renda.
Atualmente, o investimento em pesquisa e equipamentos no laboratório de biotecnologia da Ecuagenera permite que a empresa tivesse registros e bancos de dados sobre aspectos nutricionais e ambientais e requisitos de luz, entre outros, que são fundamentais para o desenvolvimento de um sistema de produção de orquídeas in vitro como uma estratégia de conservação ex situ.
A Ecuagenera é uma das poucas empresas no mundo que realiza todos os elos da cadeia de valor desta espécie e aproveita seus derivados através do biocomércio, como outro componente deste projeto. Não há dúvida que a comercialização de orquídeas in vitro implementada através deste projeto de conservação é uma ferramenta para a proteção, conservação e uso sustentável da biodiversidade, estimula o comércio sustentável de variedades de orquídeas, e também promove passeios, fotografia e outros serviços relacionados à biodiversidade.
Orquídea Macroclinium manabinum. Foto: Ecuagenera
Publicado no Boletim Bioamazônia, edição n. 15, maio-junho de 2022.
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