Um júri diverso escolhe as imagens vencedoras no concurso “Por um mundo mais que humano”

O concurso “Por um mundo mais que humano” tem como objetivo destacar as percepções e o legado dos Povos Indígenas da Amazônia. Esta iniciativa busca honrar fotografias que retratam a ação climática, promovendo uma perspectiva artística e criativa sobre a conservação da sociobiodiversidade e a transição socioecológica, contribuindo para um futuro sustentável para o nosso planeta.

O júri, composto por avaliadores indígenas e não indígenas, teve a responsabilidade de selecionar as fotos vencedoras. A escolha foi baseada em critérios específicos que incluíram qualidades artísticas e técnicas, a relevância para o tema do concurso e o impacto do título e da descrição anexada. O objetivo não foi apenas destacar as imagens visualmente, mas também refletir os desafios da ação climática e a conexão entre o conhecimento indígena e a conservação da biodiversidade, garantindo que as imagens escolhidas contribuíssem para a conversa sobre sustentabilidade e cultura indígena.

Entre os jurados estão Kujãesage Kaiabi, cineasta e única mulher do povo indígena Kaiabi a atuar na área audiovisual, reconhecida por seus projetos que celebram a tradição de sua comunidade. Também faz parte Carlos Papá Mirim Poty, cineasta do povo Mbya Guarani com mais de 20 anos de experiência, que não só dirige documentários, mas também promove oficinas culturais para jovens indígenas. Por fim, temos Anna Dantes, editora e curadora que lidera o projeto “Selvagem”, onde saberes científicos, artísticos e tradicionais se entrelaçam.

A exposição das fotografias vencedoras se torna um chamado à reflexão sobre a necessidade de conhecer, valorizar e preservar a biodiversidade, inspirada nos ensinamentos de líderes indígenas como Davi Kopenawa e Ailton Krenak. Esta exibição busca ressoar na audiência da América Latina e além, abrindo um espaço para que a sociedade contemple a riqueza do conhecimento indígena e seu papel fundamental na luta por um mundo mais sustentável.