A OTCA deu um sim histórico para reivindicar os direitos dos povos indígenas da Amazônia

ago 21, 2025V Cúpula

Bogotá, 21 de agosto de 2025 (@OCTAnews) – Nesta quinta-feira, na terceira reunião extraordinária dos Ministros das Relações Exteriores da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), foi aprovada por consenso a resolução que dá origem ao Mecanismo Amazônico dos Povos Indígenas (MAPI).

Após 18 sessões virtuais e um processo de negociação e construção inclusivo, foram estabelecidos a composição, as funções e os procedimentos do MAPI, que terá um mandato claro e amplo de funções, entre elas, recomendações aos órgãos da OTCA em temas como o controle do desmatamento, o tráfico de espécies, a revitalização das línguas indígenas, a transmissão de conhecimentos e tradições ancestrais, entre outros.

Este mecanismo será um espaço representativo e legítimo de coordenação e diálogo permanente que reconhecerá o papel histórico desses povos na proteção da floresta amazônica e sua participação plena e efetiva nas decisões para a conservação dos recursos naturais e a agenda climática.

“Isso responde a um compromisso político do mais alto nível e a uma dívida histórica com os povos indígenas amazônicos, cuja contribuição para a proteção da biodiversidade, a luta contra as mudanças climáticas e a preservação da cultura tradicional é insubstituível e inestimável”, enfatizou Freddy Mamani, coordenador de Assuntos Indígenas da OTCA.

O MAPI terá uma composição inovadora de copresidência, na qual cada país membro será representado por um delegado governamental e um delegado indígena, garantindo assim a paridade e um novo desafio no objetivo de alcançar uma governança compartilhada. Será um órgão legítimo, de acompanhamento e ação, com o qual os povos indígenas terão participação ativa na agenda da OTCA.

“A responsabilidade não é pequena, muito pelo contrário. Os desafios são muitos, mas esta aliança entre governos e organizações indígenas tem todas as bases para ter sucesso na hora de cumprir um objetivo comum: cuidar da nossa floresta, da nossa casa. O futuro da humanidade passa pela valorização dos nossos territórios e pela transformação da relação entre os seres humanos e a natureza”, disse Sônia Guajajara, ministra dos Povos Indígenas do Brasil.

Após as intervenções dos representantes dos povos indígenas, a mensagem conjunta foi clara: a Amazônia não pode ser pensada, nem governada, sem levar em conta aqueles que a habitam e protegem desde tempos ancestrais.

Assim, os povos indígenas da Amazônia serão protagonistas ativos da transformação climática da Amazônia graças ao MAPI, mecanismo que se espera que seja um exemplo global de cooperação multilateral e intercultural.

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