OTCA apresenta trabalho no campo da pesquisa florestal no congresso mundial da IUFRO

out 1, 2019Sem categoria

Trabalhos no campo da pesquisa florestal serão apresentados pela OTCA no XXV Congresso Mundial da União Internacional das Organizações Florestais (IUFRO), que está sendo realizado em Curitiba, PR (Brasil).

O congresso, que será realizado até 5 de outubro, é um dos maiores eventos de pesquisa florestal do mundo e está sendo realizado pela primeira vez na América Latina. Esta reunião representa uma oportunidade para trocar experiências e conhecimentos em inovações tecnológicas, bem como resultados mais recentes de pesquisas e tendências para o futuro da pesquisa florestal e agroflorestal em todas as partes do globo.

O evento reúne mais de três mil participantes de todo o mundo que discutirão os seguintes tópicos: florestas para as pessoas; florestas e mudanças climáticas; florestas e produtos florestais para um futuro mais verde; biodiversidade, serviços ambientais e invasões biológicas e; Interações floresta, solo e água.

Além disso, o congresso prevê diferentes categorias de participação: pesquisadores, professores, estudantes e profissionais do setor florestal em todo o mundo; bem como organizações regionais e globais comprometidas com os desafios que o setor florestal enfrenta em benefício das florestas e da população mundial.

Conheça os trabalhos que serão apresentados pela OTCA:

Segunda-feira, 30 de setembro

Tema: Florestas para pessoas

A6c “Manejo florestal comunitário e familiar” (15:30 -17: 30)

“Florestas produtoras de madeira e biodiversidade: manejo florestal ecologicamente responsável sob a abordagem das diretrizes da ITTO / IUCN na região amazônica” (15:50 – 16:10 – A6d)

Quarta-feira, 2 de outubro

Tema: Florestas para pessoas

A6c: Desafios ao manejo florestal sustentável para melhorar as comunidades tradicionais e os meios de subsistência dos pequenos agricultores na bacia amazônica (8:30 – 10:30)

Tema: Florestas para pessoas

A6c:”Democratização do monitoramento da biodiversidade nos países membros da OTCA: contribuições coletivas para o desenvolvimento de uma ferramenta de monitoramento de baixo custo para as florestas de produção da Amazônia”(10:17 – 10:30 – A6c)

 

 

A6d

Florestas produtoras de madeira e Biodiversidade: manejo florestal ecologicamente responsável sob o enfoque das Diretrizes OIMT/UICN na região amazônica

Otavio Marangoni Souza1, Erilene Lima Silva2Vicente Guadalupe1

1Organização Tratado de Cooperação Amazônica, Brasília, Brazil. 2Gikitaya Socioambiente, Rio Branco, Brazil

 

Abstract

A melhoria das práticas e técnicas florestais, com base na incorporação de aspectos teóricos e práticos da conservação da biodiversidade nas diferentes etapas do manejo florestal, pode gerar mudanças positivas nos níveis de biodiversidade e, consequentemente, nos meios de subsistência das comunidades e famílias dependentes de florestas, assim como favorecer a manutenção e melhoria dos benefícios oferecidos à sociedade pelos serviços ecossistêmicos. Nesse sentido, foram criadas as Diretrizes IUCN/ITTO, constando de 11 princípios e 46 diretrizes voltados à florestas tropicais de produção, que abordam desde a soberania da sociedade, compromissos internacionais, políticos, educação, manejo florestal, conservação da biodiversidade, entre outros aspectos. A partir destas diretrizes, realizou-se uma análise dos oito países membros da OTCA: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela, em duas etapas: a primeira focada na avaliação quantitativa do grau de implementação das diretrizes e a segunda etapa, a qualitativa, composta pelo detalhamento da informação por diretriz e princípio pré-estabelecidos. A análise demonstrou que a média geral de atendimento às diretrizes foi de 2,65, considerado de regular a bom. Com estes resultados pode-se, de maneira abrangente, fornecer informações atualizadas e oficiais relacionadas à conservação de florestas e biodiversidade no âmbito do manejo florestal ecologicamente responsável da região amazônica dos oito países-membros da OTCA, testar a utilidade prática das diretrizes, identificar obstáculos que possam limitar sua aplicação e gerar insumos suficientes para ampliar e diversificar a análise e recomendações para o manejo florestal ecologicamente responsável e conservação da biodiversidade em florestas produtoras de madeira na Amazônia.

 

Democratizando o monitoramento da biodiversidade nos países membros da OTCA: contribuições coletivas para o desenvolvimento de uma ferramenta de monitoramento de baixo custo para as florestas de produção da Amazônia

 

No âmbito dos cursos internacionais ITTO / CBD / ACT sobre conservação da biodiversidade, por meio do manejo ecologicamente responsável das florestas de produção da Amazônia, implementadas recentemente no Brasil, Peru e Guiana, foi proposto aos participantes um exercício coletivo sobre a Desenvolvimento de uma ferramenta regional de monitoramento e treinamento. Usando a ferramenta HCVN – Forest Integrity Assessment (EIF), que usa habitats como representantes da biodiversidade e ainda não se adaptou à Região, como uma tela, cerca de 80 profissionais e gestores florestais que trabalham em diferentes setores nos países membros da OTCA, eles forneceram contribuições técnicas e de várias partes interessadas nesse esforço.

A maioria dos participantes concordou com a importância de tornar o monitoramento da biodiversidade um exercício participativo, destacando os benefícios para o empoderamento das comunidades locais e para o estabelecimento de objetivos de conservação viáveis ??na escala da unidade de manejo florestal. Foram feitas sugestões para adicionar variáveis ??como tipo de solo, altura do dossel e espécies indicadoras de saúde florestal e, principalmente para os operadores florestais, a oportunidade de observar os habitats florestais “em vez de apenas medir”, e a aplicação do conhecimento local foi muito apreciada. Também foi encontrada alguma resistência, o que demonstra a necessidade de se trabalhar mais na disseminação de ferramentas de monitoramento da biodiversidade mais simples e mais rentáveis, como o QIR.

 

 

Fonte: OTCA

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