Brasília, 13/12/2023 – Foi realizada, nesta terça (12) e quarta-feira (13), a reunião dos Pontos Focais do Plano de Contingência para Proteção da Saúde em Povos Indígenas de Alta Vulnerabilidade e em Projeto de Contato Inicial. O projeto é implementado pela OTCA com o apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e a participação da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).
O embaixador e diretor executivo da OTCA, Carlos Lazary, lembrou que o projeto teve início em 2020, na época da pandemia. “O projeto reúne especialistas na área. Isso permitiu estabelecer as bases para diretrizes e uma certa priorização de como os países devem desenvolver conjuntamente suas políticas públicas”.
Na presença de delegados de assuntos indígenas e de saúde indígena dos oito países membros da OTCA, foram discutidas as atividades do projeto entre 2020 e 2023.
O consultor de avaliação externa contratado pela OTCA apresentou seu relatório, que foi comentado pelos delegados dos países. Também, houve comentários dos consultores que integraram as equipes técnicas, que elaboraram os estudos de situação de saúde nos territórios indígenas próximos às regiões habitadas por Povos Indígenas em Isolamento e Contato Inicial (PIACI). Além disso, recomendações e diretrizes para a formulação de planos de contingência para as instituições dos países membros da OTCA.
Componentes do projeto
As metas dos três componentes do projeto foram consideradas 100% alcançadas e aprovadas pelo Comitê Diretor Regional (CODIR), composto pelos pontos focais presentes na reunião.
Componente 1
Diagnóstico da situação de saúde e como abordar a COVID 19 em povos indígenas.
Componente 2
Fortalecimento da capacidade de resposta articulada dos serviços de saúde.
Componente 3
Fortalecimento dos mecanismos indígenas de alerta precoce e dos sistemas locais de informação em saúde.
Outras temas discutidos
Na reunião também foi discutida a nova proposta da equipe técnica da Otca para o fortalecimento dos cordões sanitários nas comunidades indígenas dos territórios circunvizinhos às regiões da PIACI, bem como o monitoramento epidemiológico por meio de aplicativos e o uso da internet para comunicação das regiões envolvidas com os centros de vigilância epidemiológica localizados na região amazônica. Os participantes da reunião comentaram sobre as instituições nacionais de saúde dos países e o Observatório Regional Amazônico (ORA), como um centro regional para consolidar informações das regiões mais remotas das fronteiras amazônicas.
