Este instrumento foca a elaboração participativa do plano, o intercâmbio de experiências de trabalho em campo com os PIACI, o desenvolvimento de ações de vigilância em saúde – a partir de um documento proposta pela Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) -, a sistematização de experiências para a identificação de boas práticas e a avaliação de resultados nos indicadores de saúde priorizados no plano.
Este evento regional que teve início dia 15 de maio, reuniu delegados das instituições de saúde indígena e de assuntos indígenas de Bolívia, Brasil, Colômbia e Equador, Peru e Venezuela, além de expertos em assistência à saúde em regiões habitadas por PIACI, foi realizado pela OTCA, com o patrocínio da República Federativa do Brasil, o financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o apoio da Organização Pan-americana da Saúde (OMS/OPAS) e do Memoria Povos Indígenas de Brasília.
Em seu discurso de abertura, a Secretaria Geral da OTCA, Embaixador María Jacqueline Mendoza explicou o papel da Organização como facilitadora e articuladora na discussão sobre as estratégias regionais para a proteção dos direitos dos PIACI na Pan-Amazônia. A cerimónia teve lugar no Memorial Povos Indígenas e participaram os embaixadores dos Países Membros da OTCA, representantes indígenas e da sociedade civil especializados no assunto.
Durante o encontro foram realizadas trocas de informações sobre a situação da saúde dos povos indígenas isolados e em contato inicial, a partir das experiências de vigilância epidemiológica e de assistência. Observou-se que as doenças tais como tuberculose, leishmaniose, leptospirose, infecções respiratórias agudas são as mais comuns na área, além dos efeitos da contaminação por mercúrio, entre outros.
O programa elaborado conjuntamente pela Secretaria Permanente da OTCA e pela Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), com o apoio da Fundação Nacional do Índio (FUNAI), teve como objetivo a elaboração de recomendações para a assistência da saúde em situações de contato pós grupos isolados e em contato inicial. Portanto, propor uma ferramenta metodológica para coordenar ações de vigilância epidemiológica que os países desenvolvem com os povos indígenas e que contribuíam para determinar o impacto das doenças sobre a saúde e o bem-estar das comunidades nas regiões fronteiriças nos Países Membros da OTCA.