24 de outubro de 2024, Cali, Colômbia – No contexto da COP 16 do Convênio sobre Diversidade Biológica (CDB), o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) organizou um painel para promover uma abordagem preventiva e resiliente diante dos incêndios florestais na Amazônia. O evento, “Gestão do Risco de Incêndios Florestais e Conservação da Biodiversidade na Amazônia”, reuniu especialistas da região com o objetivo de debater estratégias para enfrentar essa questão, cada vez mais urgente devido às mudanças climáticas.
Carlos Salinas, Coordenador de Meio Ambiente da OTCA, participou como palestrante e destacou a importância de promover a cooperação regional para combater os incêndios florestais, ressaltando a criação da Rede Amazônica de Manejo Integral do Fogo. “É fundamental fortalecer a cooperação entre os oito países amazônicos, considerando as diferentes realidades econômicas, sociais e ambientais da região. A OTCA facilita essa cooperação por meio do desenvolvimento de instrumentos que apoiam os países na gestão e prevenção de incêndios”, afirmou Salinas.
Em sua fala, Salinas destacou a necessidade de consolidar essa rede como um mecanismo essencial para articular esforços na prevenção e resposta a eventos de grande magnitude. “Temos observado que os incêndios recentes ultrapassaram as capacidades nacionais. Por isso, a Rede Amazônica de Manejo Integral do Fogo busca oferecer uma resposta regional coordenada, integrando conhecimentos locais e promovendo práticas sustentáveis,” acrescentou.
O BID, por sua vez, reafirmou seu papel como parceiro estratégico na região para a gestão de desastres e a construção de resiliência, destacando a nova estratégia institucional que aborda de maneira abrangente o clima, a biodiversidade e os desastres naturais. A entidade enfatizou que o investimento em prevenção e no fortalecimento da governança é fundamental para reduzir os custos de recuperação e construir uma região mais resiliente.
O painel também abordou a importância de envolver as comunidades locais na gestão de incêndios e fortalecer os sistemas de alerta precoce, utilizando tecnologias avançadas para prevenção e resposta rápida. Os especialistas concordaram que a integração desses sistemas, juntamente com uma governança mais robusta e uma cooperação transfronteiriça efetiva, é essencial para a conservação da Amazônia e de seus valiosos recursos.