Em seu discurso de abertura, a secretária geral da OTCA, Alexandra Moreira, disse que este pré-lançamento do projeto é resultado de muitos anos de trabalho. “Este trabalho não é de uma só gestão, mas vem praticamente das origens do Tratado e é um esforço de muitos anos, de muitas pessoas”, enfatizou.
Ela também explicou que a bacia por ser tão importante e um dos ecossistemas mais preciosos do mundo e merece a atenção e responsabilidade.
Estiveram na mesa de aberturam a gerente de Programas das Nações Unidas para o Meio Ambiente (ONU Meio Ambiente), Isabelle Van der Beck, o diretor da Agência Nacional de Águas de Brasil (ANA), Ricardo Andrade, os diretores da OTCA, Carlos Alfredo Lazary, executivo, e César de Las Casas, administrativo.
Isabelle Van der Beck, por sua vez, afirmou que esta é uma etapa muito importante para a bacia amazônica. “Agora temos um plano de ações estratégicas para avançar com a gestão integral dos recursos hídricos na bacia amazônica como um todo”, concluiu.
Já Ricardo Andrada, explicou que esta semana é muito importante para os recursos hídricos. “Vamos discutir o projeto de implementação do PAE e também o projeto de águas subterrâneas que integra este grande projeto”, concluiu.
Os especialistas em recursos hídricos dos países amazônicos tiveram a oportunidade de realizar seções de trabalho em grupo, nas quais o trabalho se concentrou em intervenções in situsa nível nacional. Também discutiram os componentes transversais, incluídos nas contribuições nacionais.
Este workshop foi fundamental para definir o alcance, as atividades, os desafios, o mapeamento dos atores e as perspectivas dos países em gestão, para o sucesso do projeto. Essas questões foram trabalhadas em conjunto pelos mais de 30 especialistas da Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela.
Este acordo de cooperação, recentemente assinado pela OTCA e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (ONU Meio Ambiente) para a implementação das ações estratégicas prioritárias do Programa de Ações Estratégicas (PAE), conta com o financiamento de US$ 11,7 milhões do Fundo Mundial para o Ambiente (GEF) e será executado pela OTCA até 2024.
O projeto Bacia Amazônica promoverá a Gestão Integrada de Recursos Hídricos (GIRH), para melhorar os benefícios ecológicos, sociais e econômicos, permitindo que os países cumpram seus Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) relevantes e os objetivos da convenção no Bacia Amazônica.
O lançamento do projeto está previsto para junho deste ano, com o início de suas atividades definidas neste workshop.
Programa de Ações Estratégicas (PAE)
O PAE faz parte de uma iniciativa regional da ONU Meio Ambiente e executada, entre 2011 e 2018, pela OTCA chamada “Gestão Integrada e Sustentável dos Recursos Hídricos Transfronteiriços da Bacia do Rio Amazonas, considerando a Variabilidade e as Mudanças Climáticas”. O projeto proporcionou aos países membros da OTCA uma visão compartilhada da Bacia Amazônica, melhorando o entendimento de problemas, prioridades, necessidades e objetivos comuns relacionados à Gestão Integrada de Recursos Hídricos (GIRH).
O principal resultado foi uma Análise Diagnóstica Transfronteiriça (ADT) e o Programa de Ações Estratégicas (PAE). O PAE foi devidamente apoiado pelos 8 Países Membros da OTCA.