A Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) assinaram hoje, 3 de outubro, um Acordo-Quadro, durante a Semana de Reunião de Autoridades de Saúde de Alto Nível das Américas, em Washington.
Este acordo, firmado pela Secretária-Geral Interina da OTCA, Vanessa Grazziotin, e pelo Diretor da OPAS, Dr. Jarbas Barbosa da Silva Jr., estabelece um marco na colaboração entre as duas organizações, renovando seu compromisso para fortalecer as ações estratégicas em saúde pública na região amazônica.
O Acordo-Quadro coincide com a realização do 61º Conselho Diretivo da OPAS, onde foram debatidas políticas-chave em saúde. Os temas incluem a promoção da inteligência epidemiológica, a melhoria dos sistemas de alerta precoce e a transformação dos sistemas de saúde, com foco no aumento da resiliência. Essas áreas também são prioridades para a OTCA, especialmente na região amazônica, onde a saúde dos povos indígenas e a resposta a emergências sanitárias nas zonas fronteiriças são críticas.
Vanessa Grazziotin, Secretária-Geral Interina da OTCA, destacou: “Este memorando reforça nosso compromisso com a saúde e o bem-estar das populações amazônicas. A colaboração com a OPAS nos permitirá implementar soluções inovadoras que beneficiarão não apenas os países da Amazônia, mas também toda a região das Américas. Estamos em um momento crucial para consolidar políticas públicas que garantam o acesso equitativo à saúde”.
O Acordo-Quadro assinado estabelece áreas-chave de cooperação, incluindo: a saúde dos povos indígenas em isolamento voluntário, a vigilância epidemiológica nas zonas de fronteira, a saúde ambiental, e o uso de novas tecnologias em saúde, como a telemedicina. Além disso, o acordo reforça o compromisso com o desenvolvimento sustentável, a equidade em saúde e a capacitação dos trabalhadores da saúde na região amazônica, conforme detalhado no documento assinado por ambas as partes.
Com esse novo impulso, a OTCA e a OPAS trabalharão juntos em projetos para melhorar as condições de vida das comunidades amazônicas e fortalecer os sistemas de saúde em nível regional, alinhados com os objetivos de desenvolvimento sustentável e os acordos internacionais sobre mudanças climáticas.