A importância da digitalização foi discutida
Em nome da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica, Mauro Ruffino apresentou o Observatório Regional da Amazônia no webinar A Transição Gêmea: Digitalização e Mudanças Climáticas, promovido pelo Ministério das Relações Exteriores da Dinamarca e pelas Embaixadas da Dinamarca na América Latina, no dia 6 de dezembro.
Dando uma visão geral do Observatório, Ruffino destacou como a OTCA está apoiando os países amazônicos para melhorar ou desenvolver seus sistemas de biodiversidade e infraestrutura digital. A coordenadora da ORA também explicou como será desenvolvido o Módulo de Mudanças Climáticas.
O evento teve como objetivo discutir a transição digital para a implementação de políticas. Representantes das agências de tecnologia e meio ambiente do governo dinamarquês, do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente e do cBrain compartilharam suas opiniões sobre a importância do digital na aceleração de soluções para o impacto das mudanças climáticas.
Entre os casos de boas práticas apresentados está o caso da Agência de Proteção Ambiental dinamarquesa, que lida com milhares de pedidos de permissão da CITES (principalmente para importações) todos os anos. A solução substituiu a contabilidade manual do relatório anual por uma solução ponta a ponta totalmente digital. Além disso, foi estabelecida uma integração com a base de dados CITES, garantindo assim que o autoatendimento esteja sempre atualizado com a lista de espécies.
Uma versão adaptada desta solução digital está sendo implementada com a Comissão de Conservação e Gestão da Vida Selvagem da Guiana (GWCMC) na América do Sul para cumprir a Convenção CITES e proteger a biodiversidade da floresta amazônica. Os exportadores licenciados recebem cotas anuais atribuídas e registram suas exportações caso a caso. O sistema acompanha a cota total e está integrado a um banco de dados regional do Observatório Regional da Amazônia (ARO), que mantém um cadastro específico de projetos e atividades de biodiversidade na Amazônia.
Publicado no Boletim Bioamazônia, n. 18, novembro-dezembro de 2022.