Cali, Colômbia, 27 de outubro de 2024.- Hoje foi realizado o evento “Soluções geoespaciais para uma melhor gestão do uso do solo na Amazônia”, que reuniu especialistas de diversas disciplinas para discutir como dados e sistemas geoespaciais Sistemas de informação integrados podem impulsionar o desenvolvimento sustentável e enfrentar os desafios ambientais, alinhando-se com objetivos globais, como o Quadro Global de Biodiversidade Kunming-Montreal e os objetivos da COP 16.
O evento, moderado por Tatiana Schor, Chefe da Unidade Amazônica do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), contou com a participação de Mauro Ruffino, Coordenador do Observatório Regional Amazônico (ORA) da OTCA, Diego de Medeiros, engenheiro de Codex, e o Ministro do Planejamento Espacial e Meio Ambiente do Suriname, Marciano Dasai.
Durante a sessão, foram explorados exemplos regionais e locais de como a análise e inteligência geoespacial podem transformar a tomada de decisões na conservação ambiental e no desenvolvimento socioeconômico. Ruffino destacou o progresso do ORA na integração de dados entre os países amazônicos e a importância da interoperabilidade entre os sistemas de monitoramento geoespacial para uma tomada de decisão eficaz. Ele explicou como a plataforma ORA, lançada em 2021, permitiu que os países membros da OTCA compartilhassem informações em tempo real, superando um dos maiores desafios: a falta de integração de dados entre as nações.
O Ministro Dasai apresentou os esforços do Suriname para proteger suas vastas florestas amazônicas, que cobrem 93% de seu território. Ele destacou como as ferramentas geoespaciais permitiram ao país analisar projectos de infra-estruturas e o seu impacto no uso da terra, facilitando decisões informadas que equilibram a protecção ambiental com o desenvolvimento económico. “Ao utilizar soluções geoespaciais, podemos prever o impacto de projetos futuros e tomar decisões que priorizem a sustentabilidade”, disse Dasai.
O painel concluiu com uma reflexão sobre a necessidade de fortalecer a cooperação regional na Amazônia, utilizando a tecnologia geoespacial como ferramenta fundamental para enfrentar desafios comuns, como as mudanças climáticas e a perda de biodiversidade. Schor destacou a importância destes sistemas para o planeamento estratégico e a criação de políticas públicas mais eficientes, não só a nível local, mas também a nível transfronteiriço.