Cali, Colômbia, 31 de outubro de 2024. – Em um esforço para enfrentar os graves impactos da mineração ilegal de ouro na região amazônica, o Banco Mundial e a OTCA organizaram o evento “Um passo em direção à ação colaborativa contra a mineração ilegal de ouro: avaliando seu impacto socioeconômico custos e lições na Amazônia”, realizado hoje no Pavilhão Amazônia Sempre na COP 16 da CDB.
Moderado por Edith Paredes, Diretora Administrativa da OTCA, o evento reuniu importantes especialistas e líderes para discutir a adaptação e utilização da inovadora Calculadora de Mercúrio, ferramenta tecnológica que tem se mostrado crucial no combate à poluição por mercúrio e à mineração ilegal. Esta calculadora, já implementada em vários países amazônicos, permite quantificar com precisão os danos socioeconômicos e ambientais e serve como catalisador para promover a colaboração transfronteiriça.
Benoit Bosquet, Diretor de Desenvolvimento Regional para a América Latina e Caribe do Banco Mundial, enfatizou o compromisso da instituição com a conservação da Amazônia e o desenvolvimento sustentável. “A Calculadora Mercury é um exemplo de como a tecnologia pode apoiar a governança e a tomada de decisões baseadas em evidências. “Sua aplicação gerou dados críticos para ações judiciais e prevenção de danos futuros”, afirmou.
Andrea Buitrago, Diretora da Fundação para a Conservação e Desenvolvimento Sustentável, destacou o impacto ambiental e social da mineração ilegal, destacando que mais de 50% do ouro extraído na região é de origem ilegal, o que gera consequências devastadoras nos ecossistemas e indígenas comunidades. Por sua vez, Pedro Gasparinetti, Diretor de Inovação do Conservation Strategy Fund (CSF), apresentou a metodologia da calculadora, destacando que reduziu significativamente o tempo e os custos de avaliação dos danos ambientais.