Saúde nas Fronteiras da América do Sul

ago 28, 2020COVID-19, Gestão em Saúde, Notícias, OTCA, Povos indígenas, Webinar

Durante o terceiro webinar realizado pela Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) e pelo Programa Sub-Regional da América do Sul da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS SAM)concordaram que a vigilância coordenada é essencial para o trabalho fronteiriço

 

No dia 28 de agosto de 2020, no âmbito do convite feito pela OTCA e OPAS/SAM, as principais agências de cooperação e integração da América do Sul apresentaram as experiências e esforços que vêm realizando nas fronteiras da América do Sul em relação à gestão da saúde e à vigilância epidemiológica, para promover fronteiras saudáveis e de fraternidade, buscando-as se tornar um espaço de integração e desenvolvimento.

 

Estiveram presentes o Convênio Hipólito Unanue de saúde da Organização Andina  (ORAS CONHU) dos países andinos (CAN), o Mercado Comum do Sul (MERCOSUL), a Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL), o Instituto Social do Mercosul (ISM) e a Fundação Osvaldo Cruz (FIOCRUZ), OPAS e a OTCA.

 

Em particular, foram identificados os processos de coordenação existentes no nível de trabalho binacional e trinacional que em várias fronteiras conseguiram o trabalho compartilhado e totalmente articulado (MERCOSUL), assim como esforços para desenvolver planos de saúde voltados para populações fronteiriças (ORAS CONHU) e coordenações regionais para o desenvolvimento de marcos regionais, diretrizes e estratégias de apoio as populações indígenas em regiões de fronteira com ênfases em povos indígenas isolados e em contato inicial  – PIACI (OTCA).

A CEPAL destacou os importantes desafios da região no que diz respeito à gestão da saúde no contexto da pandemia COVID 19, e a FIOCRUZ apresentou seu importante trabalho de gestão da saúde de fronteiras, com ênfase na Região Amazônica. O ISM destacou o papel das organizações da sociedade civil dos jovens nas fronteiras. Antenor Vas, consultor indigenista, referiu-se a aspectos importantes a serem considerados para fortalecer os sistemas de proteção para o PIACI.

Palavras-chave como cooperação e integração foram repetidas pelos expositores, que por sua vez concordaram que a vigilância coordenada é essencial para o trabalho fronteiriço, incluindo o fortalecimento de recursos humanos, infraestrutura, gestão suficiente de financiamento, gestão ideal da vigilância em saúde, desenvolvimento diferenciado de capacidade, formação de profissionais de saúde e agentes comunitários de saúde, bem como a importância de trabalhar na formação de jovens.

Também foram identificados os desafios de enfrentamento do COVID 19 nas regiões fronteiriças, com a pandemia sendo identificada como exigindo uma revisão dos esforços de planejamento e gestão em saúde, sendo o curto prazo a abertura de fronteiras um desafio, e neste contexto o fortalecimento da vigilância epidemiológica para garantir que o fluxo de circulação de pessoas e bens não leve a um aumento dos casos COVID 19 em nossos países.

Expositores e comentaristas concordaram com a necessidade de fortalecer uma agenda de integração e cooperação para enfrentar os desafios existentes levando em conta as lições aprendidas, especialmente nos tempos atuais de confronto com a pandemia COVID 19.

Fonte: OTCA

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